Pompéia | Itália
Por Rejane M. 

No sul da Itália a 22 km de Nápoles e a 241 km de Roma, localiza-se a cidade de Pompéia, famosa por ter sido totalmente destruída pela erupção do vulcão Vesúvio (inativo, mas é o único vulcão da Europa que entrou em atividade nos últimos 100 anos), que a deixou soterrada por 1600 anos, sendo redescoberta em 1748 por um agricultor que trabalhava na região e localizou um muro da cidade.
Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco desde 1997 , a cidade é um verdadeiro museu a céu aberto e  o mais importante sítio arqueológico da Europa ,pois   graças ás cinzas suas construções, objetos e corpos dos antigos habitantes foram preservados da ação do tempo e conservados como eram antes do desastre , permitindo recriar  com perfeição como era a vida em  uma cidade na época da Roma antiga.


 
Pompéia era uma cidade murada que pertencia ao Império Romano, com forte influência grega e etrusca, onde muitos romanos tinham suas vilas de férias. Era dividida em parte urbana onde se localizavam as casas residenciais e comerciais típicas de uma cidade, uma parte rural com terras muito férteis dedicadas ao cultivo de uvas para produção de seu famoso vinho, azeitonas e trigo, e o porto ás margens do mar Mediterrâneo para a circulação da produção e comercialização de mercadorias dos mais diversos locais da Europa, África e China, que geravam um grande fluxo de dinheiro.


Na manhã do dia 24 de agosto de 79 d.C. uma chuva de pedras (algumas com até 8 metros de espessura)  e cinzas transformaram  o dia em noite , pegando  de surpresa os  20 .000 moradores de Pompéia, que há dias ouviam sons vindo do solo ,mas  por já estarem acostumados com tremores de terra, os moradores não imaginavam  o que estava acontecendo. Os moradores não sabiam o que significava um vulcão (tal palavra não existia em latim) e acreditavam que aquela montanha ao sopé do qual viviam era apenas uma inofensiva e bela montanha.


Depois de 6 horas de pedras, cinzas, lava e um escaldante calor de 250 graus, a cidade de Pompéia ficou totalmente soterrada a 25 metros de profundidade. Ruínas de casas, teatros, tabernas, banheiros, e até prostíbulos podem ser visitadas, mas o que mais chama a atenção são as múmias dos antigos habitantes - restos dos corpos petrificados cobertos por gesso- e animais, que registram a posição em que se encontravam no momento da erupção.

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O que ver e fazer em Pompéia
 
Casa do Fauno 
Maior residência de Pompéia com 2970 metros quadrados passou por diversas reformas e tem no centro do impluvium (tanque para juntar as águas da chuva) uma réplica da estátua de bronze do Fauno (a original está no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles). A réplica do Mosaico de Alexandre (representa a vitória de Alexandre Magno contra Dario, rei da Pérsia) também pode ser visto ali.

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Casa dos Vettii
Uma das mais luxuosas residências de Pompéia conseguiu ter todos seus afrescos preservados. Destaque para um aposento que possui painéis vermelhos com frisos com pinturas de cupido. A identidade dos donos ficou preservada em pichações feitas em períodos de campanha eleitoral na frente da casa.

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Villa dei Misteri
Recebeu este nome pela existência na sala de jantar de afrescos que retratam os ritos de iniciação nos mistérios do deus grego Dionísio e das mulheres em sua vida de casada. Localiza-se fora dos muros de Pompéia em uma colina, de frente para o mar e este tipo de moradia geralmente destinava-se exploração da agricultura, mas também serviam de refúgio para os afortunados.

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Teatro Grande
Inclinado e com o formato de uma ferradura (modelo de construção que permitia que o som se propagasse e fizesse com que todos os presentes ouvissem o que era dito no palco) dividia-se em três zonas, das quais a mais baixa (ima cavea), coberta com mármore, era reservada para os cidadãos proeminentes da cidade. Acomodava 5.000 pessoas. O Teatro Pequeno e o Quadripórtico dos Teatros (grande jardim onde os espectadores reuniam-se nos intervalos das apresentações) também devem ser visitados e fazem parte do mesmo complexo.·.

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Fórum
Era o coração da cidade, na esquina das principais ruas de Pompéia. Destinado a debates sobre questões políticas, administrativas e comerciais da cidade. Ao norte, o Fórum é fechado pelos Arcos Honorários, originalmente revestidos de mármore que eram dedicados à família real.  Estão dispostos em cada um dos lados do Templo de Júpiter, que tinha no seu interior uma estátua de Júpiter (a cabeça foi encontrada durante as escavações).

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Anfiteatro
Construído para combate de gladiadores é uma das construções mais antigas e bem preservadas de Pompéia com capacidade para 20 mil espectadores. O auditório é dividido em três áreas: a cavea ima (primeira fila), para os cidadãos importantes, a mídia e a soma que ficam mais no alto para os demais espectadores. No eixo principal da arena ficava a passagem pela qual entravam os participantes das lutas. Do outro lado estava o local por onde se retiravam os corpos dos mortos ou os feridos.  O Ginásio Grande, ao lado do anfiteatro, destinava-se aos exercícios de ginástica promovidos por associações juvenis de Pompéia e também merece uma visita.

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Templo de Apolo
O Templo de Apolo possui um pórtico com colunas Jônicas e chão coberto com uma pedra policromada com desenhos de cubo em perspectiva. É um dos mais antigos santuários de Pompéia. Em suas laterais, réplicas das estátuas de Apolo e Diana, retratados como arqueiros (os originais estão no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles). Não deixe de visitar a Basílica que fica próxima.

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Termas
Como nem todos habitantes possuíam água em suas casas, existiam as termas, com áreas separadas para homens e mulheres que, além de uma necessidade eram também um evento social para encontros com amigos e contatos políticos. Destaque para as termas de Stabia as maiores e mais antigas da cidade, com decoração com motivos figurativos e mitológicos. Alguns corpos dos mortos na erupção podem ali serem vistos. As termas do Fórum são as segundas maiores da cidade e estão bem preservadas.

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Lupanário
Lupa, que em latim significa prostituta, dá nome a esse local que é um dos mais bem organizados dos muitos bordéis de Pompéia. São cinco quartos e uma latrina no piso térreo e mais cinco quartos no andar superior. As camas dos quartos eram feitas em alvenaria e cobertas com colchão, e nas paredes de todo o bordel pinturas retratam diversas posições sexuais.

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Jardim dos mortos
Corpos de algumas das vítimas da erupção podem aqui ser encontrados, o formato dos seus corpos e rosto no momento da erupção, muitos em posição de proteção, foram preservados por uma técnica com gesso.  No sítio arqueológico, mais corpos podem ser vistos nas Termas de Stabia e nos Celeiros do Fórum e, em Nápoles, no Museu Arqueológico Nacional.

 
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Casa do poeta trágico
A Casa do Poeta Trágico tem esse nome por conta dos mosaicos de atores de teatro, além de vários afrescos com temas místicos e heroicos. É famosa por seus grafites e o mosaico na entrada - Cave Canem (cuidado com o cão).

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Museu Arqueológico Nacional de Nápoles
Não deixe se visitar o Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, próximo a Pompéia que abriga utensílios domésticos, cerâmicas, esculturas e outros objetos encontrados nas escavações de Pompéia e Herculano, cidade vizinha também soterrada pelas lavas do Vesúvio.
Destaque para um grande modelo da cidade de Pompéia no seu apogeu construído em madeira, cortiça e papel, que mostra com perfeição diversos elementos decorativos encontrados na cidade e que depois foram destruídos.
Pinturas removidas do Templo de Ísis, de Pompéia, além de esculturas e objetos de culto em estilo helenístico podem ser vistos, bem como armaduras de gladiadores, afrescos e objetos das termas de Pompéia.

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Vesúvio
Quando estiver em Pompéia não deixe de visitar o agora inativo Vesúvio, mas outrora o grande causador de toda destruição da cidade e arredores. Com 1281 metros de altura, prepare-se por uma boa caminhada até chegar aos mirantes que estão localizados em suas bordas e possibilitam visualizar a enorme cratera com 200 metros de profundidade e 600 metros de diâmetro. Fumarolas com temperaturas entre 80 e 500 graus C, constantemente saem de suas entranhas, levando os turistas a imaginar o que está acontecendo no coração desta “montanha” que momentaneamente está adormecida, mas que entrou em erupção pela última vez em 1944.

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Curiosidade:
Não deixe de reparar nas pichações e grafites espalhados em várias paredes dos prédios de Pompéia, que são originais da época.